agrupamento independente de pesquisa cênica

Composto atualmente pelos artistas pesquisadores Clóvis Domingos, Flávia Fantini, Frederico Caiafa, Idelino Junior, Joyce Malta, Lissandra Guimarães, Matheus Silva, Nina Caetano, Paulo Maffei, Sabrina Batista Andrade e Wagner Alves de Souza, o Obscena funciona como uma rede colaborativa de criação e investigação teórico-prática sobre a cena contemporânea que visa instigar a troca, a provocação e a experimentação artísticas. Também participam dessa rede colaborativa obscênica os artistas Admar Fernandes, Clarissa Alcantara, Erica Vilhena, Leandro Acácio, Nildo Monteiro, Sabrina Biê e Saulo Salomão.

São eixos norteadores do agrupamento independente de pesquisa cênica, o work in process, os procedimentos de ocupação/intervenção em espaços públicos e urbanos e os procedimentos de corpo-instalação, além da investigação de uma ação não representacional a partir do estudo da performatividade e do pensamento obra de artistas como Artur Barrio, Hélio Oiticica e Lygia Clark.

Atualmente, o Obscena desenvolve o projeto Corpos Estranhos: espaços de resistência, que propõe tanto trocas virtuais e experimentação de práticas artísticas junto a outros coletivos de arte, como ainda a investigação teórica e prática de experimentos performativos no corpo da cidade. Os encontros coletivos se dão às quintas-feiras, de 15 às 19 horas, na Gruta! espaço cultural gerido pelo coletivo Casa de Passagem.

A criação deste espaço virtual possibilita divulgar a produção teórico-prática dos artistas pesquisadores, assim como fomentar discussões sobre a criação teatral contemporânea e a expansão da rede colaborativa obscênica por meio de trocas com outros artistas, órgãos e movimentos sociais de interesse.

domingo, maio 25, 2008

lguém que seja mais esclarecido, me esclareça, por favor!

Alguém que seja mais esclarecido, me esclareça, por favor!

O encontro começou com a pratica proposta pela Patrícia , apenas o movimento , buscar o centro , andar para frente, para trás e para o lado, depois em duplas. Estava feliz, porem, aos poucos fui ficando frustrada , o corpo não é o mesmo , o corpo não responde, o outro corpo me impõem limites , que antes não tinha, fico cansada rapidamente principalmente com o sobrepeso. No exercício em duplas , o riso, paradoxalmente me senti muito bem , foi muito prazeroso para mim, logo o riso se tornou coletivo. Na mesa , fui repreendida , por “querer fazer graça” ( ou pelo menos foi assim que entendi , me desculpe se estiver equivocada), mais não quis fazer graça, foi muito prazeroso, já estava sendo antes , apesar do cansaço.

E através de questões levantadas pelos meus colegas no dia 12 e depois que li os relatos muitas duvidas surgiram: afinal , o que é um agrupamento colaborativo? Qual a diferença para um grupo? Até onde um procedimento é geral ou individual ? o que é ser neutro? Ser neutro é ser não representativo? A gramática gestual e verbal da atuação rapsódica e o modelo não representacional de ações (proposto por Artur Barrio) são uma mesma coisa? Eu tenho que necessariamente usar em minha pesquisa o corpo neutro? Eu posso utilizar em minha pesquisar outras questões pertinentes a dissertação da Ivone barriga que não o modelo não-representacional dentro do núcleo do Obscena? A dissertação de Nara Kaiserman não é também um modelo a ser seguido dentro da pesquisa do Obscena? O modelo de Nara Kaiserman é não representacional?Afinal existe alguma coisa não seja representativa? O que? O que é não representar? O que é representar? Existem respostas únicas para essas perguntas? Dentro do núcleo do obscena podem existir respostas múltiplas para as mesmas perguntas? Existe um objetivo em comum no nucleo do obscena, ou são objetivos múltiplos? O que nos faz ser um agrupamento? Quando eu sou rigoroso com a pesquisa e assim sou generoso com o outro fazendo os apontamentos necessários e quando eu sou intolerante e agressivo?Quando eu atrapalho o agrupamento e até onde vai a minha liberdade de experiment e ação?O que é qualquer coisa que vem do outro? Eu posso achar pertinente as questões levantadas no agrupamento mais não concordar (por ter um entendimento diferente) e não me sentir atravessada por tudo o que é discutido e continuar freqüentando o núcleo?Quais os pré-requisitos para freqüentar o núcleo? Fazemos parte de uma mesma pesquisa ou de pesquisas individuais? Se por um acaso fizermos parte de pesquisas individuais, não temos necessidades diferentes?

Tenho a impressão que meu entendimento sobre algumas questões com relação às pesquisas e ao funcionamento do núcleo tenha sido equivocadas, peço desculpas desde já se causei transtorno por um entendimento mal sintonizado com o núcleo.

Assim que respondidas minhas questões espero não cometer os mesmos erros,mais como Herrar é umano, prometo sempre dizer sim!

4 comentários:

Marcelo Rocco disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Marcelo Rocco disse...

oi Mariana,
as questões que você coloca são provocativas quanto ao lugar da democracia caótica em que vivemos, pois ouço a ressonância das vozes sobre o quanto somos (ou não), de fato pesquisadores... se estamos fingindo uma rigidez para sermos sólidos, se estamos aprendendo a ouvir os procedimentos? e por último se esta investigação individual não é realmente uma maquiagem nebulosa em uma aparente democracia que não existe, pois acredito que antes de nos provocarmos, devemos nos ouvir... tarefa árduamente bíblica.

Nina Caetano disse...

pergunta é igual opinião: cada um tem a sua, ou suas, e não se questiona, se contrapõe. ou seja, posso colocar minha opinião, diferente da tua, mas vou questionar a opinião do outro? (essa, por exemplo, é uma pergunta minha). vou pedir desculpas por minhas opiniões?
quem deve esclarecer a quem? eu, por mim, acho ótimo a pergunta sem resposta que nos lança no caos, na angústia. meu corpo mente produz melhor na dificuldade. na nebulosa. pra que iluminar a penumbra?
pergunta cada um tem a sua. assim como respostas às perguntas, minhas e dos outros. não tô aqui para esclarecer, mas para obscurecer...
temos um projeto comum de pesquisa... com diretrizes claras, temas e resultados a serem alcançados... como cada um de nós se apropria, individualmente, do projeto comum que nos norteia?
a pesquisa individual não deverá ter relação (real ação) com esse projeto comum, derivando dele e contribuindo para seu desenvolvimento? pesquiso o que já sei e domino? é possível pesquisar aquilo que não me incomoda, que já está respondido? é preciso, no entanto, jogar fora o que já tenho? da minha bagagem individual o que trago para colaborar com o desenvolvimento do material pesquisado? como equalizo isso na minha pesquisa? quanto tempo, então, precisarei dedicar a essa pesquisa, fora do agrupamento? no nosso encontro semanal, sendo visto como espaço de colaboração, em que medida colaboro para as discussões e desenvolvimentos dos rumos da pesquisa? como relaciono os elementos já explorados e trabalhados da atuação rapsódica com o material que se aponta agora? E mais: como ouvir uma voz que se cala e só fala nas entrelinhas? Colaborar é simplesmente questionar os caminhos ou propor novos rumos, atalhos, mapas?
Penso que democracia não existe. pois até esta, como governo, tem representantes. num agrupamento coletivo e colaborativo, não há representantes. há cada um de nós, com suas questões e posturas. absolutamente individuais. penso que o exercício coletivo exige individualidades fortes. penso que o incômodo e o embate é produtivo. penso que o sofrimento bom e a boa angústia está relacionada com a criação, com as dúvidas geradas pelo trabalho. penso que o sofrimento em nível pessoal não interessa, como não interessa a discussão de atitudes pessoais. são inúteis para o trabalho. desviam do trabalho. as outras perguntas te retorno: Até onde um procedimento é geral ou individual ? o que é ser neutro? Ser neutro é ser não representativo? A gramática gestual e verbal da atuação rapsódica e o modelo não representacional de ações (proposto por Artur Barrio) são uma mesma coisa? Eu tenho que necessariamente usar em minha pesquisa o corpo neutro? Eu posso utilizar em minha pesquisar outras questões pertinentes a dissertação da Ivone barriga que não o modelo não-representacional dentro do núcleo do Obscena? A dissertação de Nara Kaiserman não é também um modelo a ser seguido dentro da pesquisa do Obscena? O modelo de Nara Kaiserman é não representacional?Afinal existe alguma coisa não seja representativa? O que? O que é não representar? O que é representar?

Anônimo disse...

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