agrupamento independente de pesquisa cênica

Composto atualmente pelos artistas pesquisadores Clóvis Domingos, Flávia Fantini, Frederico Caiafa, Idelino Junior, Joyce Malta, Lissandra Guimarães, Matheus Silva, Nina Caetano, Paulo Maffei, Sabrina Batista Andrade e Wagner Alves de Souza, o Obscena funciona como uma rede colaborativa de criação e investigação teórico-prática sobre a cena contemporânea que visa instigar a troca, a provocação e a experimentação artísticas. Também participam dessa rede colaborativa obscênica os artistas Admar Fernandes, Clarissa Alcantara, Erica Vilhena, Leandro Acácio, Nildo Monteiro, Sabrina Biê e Saulo Salomão.

São eixos norteadores do agrupamento independente de pesquisa cênica, o work in process, os procedimentos de ocupação/intervenção em espaços públicos e urbanos e os procedimentos de corpo-instalação, além da investigação de uma ação não representacional a partir do estudo da performatividade e do pensamento obra de artistas como Artur Barrio, Hélio Oiticica e Lygia Clark.

Atualmente, o Obscena desenvolve o projeto Corpos Estranhos: espaços de resistência, que propõe tanto trocas virtuais e experimentação de práticas artísticas junto a outros coletivos de arte, como ainda a investigação teórica e prática de experimentos performativos no corpo da cidade. Os encontros coletivos se dão às quintas-feiras, de 15 às 19 horas, na Gruta! espaço cultural gerido pelo coletivo Casa de Passagem.

A criação deste espaço virtual possibilita divulgar a produção teórico-prática dos artistas pesquisadores, assim como fomentar discussões sobre a criação teatral contemporânea e a expansão da rede colaborativa obscênica por meio de trocas com outros artistas, órgãos e movimentos sociais de interesse.

sexta-feira, novembro 28, 2014

PRECISO

To cansado de tanta babaquice, tanta caretice, desta eterna falta do que falar
Como me libertar das minhas prisões?
Do meu eu intelectual colado ao poder?
A contínua necessidade da afirmação de si
Quanta palavra de ordem!!!!
Quantas verdades absolutas!!!
Ai, que preguiça!
Quero romper em mim todo espelhamento,
Com toda operação por semelhança
Ultrapassar o já estabelecido
Os micro fascismos das formas, das anti-formas, de um anti-modelo que se pretende modelo
Preciso trocar com outros modos de produzir arte
Que com desejo se apropriam de outros dispositivos
Que com desejo percebam que corpo não é só um corpo,
Que como desejo investiguem outras relações com a sua própria existência,
que extrapolem o já vivido,
que percebam relações afectivas entre seu corpo e o mundo
Devir-natureza
Que minha troca
gire sem centro, sem rodar só em torno de si
Preciso me descentralizar
Preciso perder-me
Girar e me contorcer com o mundo

Com a vida

domingo, novembro 23, 2014

É permitido criar cartazes - SONORIDADES

- "É proibido colar cartazes" - discursa o pequeno poder.

- "É proibido calar catarses" - responde o artista na rua.

- "É permitido criar cartazes" - inventa/cria um desejo obsceno.

Na variedade dessa invenções de Wagner Alves (abaixo) se revela algumas características do nosso show: intertextualidade, polifonia, bricolagem, paródia, performatividade, obscenidade, marginalidade, ludicidade etc. 

Uma performance das imagens!!!

Esses cartazes "cantam" o show e merecem nosso estudo.

Vou estudar brevemente esses materiais também já criados por Joyce Malta e Débora Fantini.

Obrigado queridos parceiros!!!




Obscena e danças urbanas


A reportagem sobre danças, que inclui ações do  obscena, foi publicada no jornal Pampulha (Belo Horizonte) desta semana e pode ser lida na íntegra neste link:

http://www.otempo.com.br/pampulha/reportagem/baila-comigo-1.947461

quinta-feira, novembro 06, 2014

Cidade Feiticeira em noite das bruxas

Publico o texto final do Sonoridades Obscênicas realizado no último dia 31 de Outubro na Gruta.


Cidade Feiticeira (poema final).




Salve cidade feiticeira.
Bruxa. Faceira.
Profana cigana pagã.
Que morde a maçã
e não morre envenenada.
Não aceita ser dominada.
E ainda dá gargalhada
Na cara do Poder.


Cidade mulher prazer.
Roda essas sete saias.
Rainha Morgana.
Princesa sacana.
Deusa maya!
manda para a fogueira os inquisidores
e salva a nós todos. Teus adoradores.
Abre as pernas. É cheia essa lua.
Deixa eu colocar meu bloco na tua rua.