agrupamento independente de pesquisa cênica

Composto atualmente pelos artistas pesquisadores Clóvis Domingos, Flávia Fantini, Frederico Caiafa, Idelino Junior, Joyce Malta, Lissandra Guimarães, Matheus Silva, Nina Caetano, Paulo Maffei, Sabrina Batista Andrade e Wagner Alves de Souza, o Obscena funciona como uma rede colaborativa de criação e investigação teórico-prática sobre a cena contemporânea que visa instigar a troca, a provocação e a experimentação artísticas. Também participam dessa rede colaborativa obscênica os artistas Admar Fernandes, Clarissa Alcantara, Erica Vilhena, Leandro Acácio, Nildo Monteiro, Sabrina Biê e Saulo Salomão.

São eixos norteadores do agrupamento independente de pesquisa cênica, o work in process, os procedimentos de ocupação/intervenção em espaços públicos e urbanos e os procedimentos de corpo-instalação, além da investigação de uma ação não representacional a partir do estudo da performatividade e do pensamento obra de artistas como Artur Barrio, Hélio Oiticica e Lygia Clark.

Atualmente, o Obscena desenvolve o projeto Corpos Estranhos: espaços de resistência, que propõe tanto trocas virtuais e experimentação de práticas artísticas junto a outros coletivos de arte, como ainda a investigação teórica e prática de experimentos performativos no corpo da cidade. Os encontros coletivos se dão às quintas-feiras, de 15 às 19 horas, na Gruta! espaço cultural gerido pelo coletivo Casa de Passagem.

A criação deste espaço virtual possibilita divulgar a produção teórico-prática dos artistas pesquisadores, assim como fomentar discussões sobre a criação teatral contemporânea e a expansão da rede colaborativa obscênica por meio de trocas com outros artistas, órgãos e movimentos sociais de interesse.

segunda-feira, maio 05, 2008

Representar e não representar

Nesse encontro dicutimos a análise de Marle Ivone Barriga sobre as Ações de Artur Barrio: um modelo não representacional para o ator contemporâneo. Começamos a dicutir sobre o conceito de materialidade dentro das percepções artíticas de Barrio, em que ele opta por uma obra, desprendida de qualquer tipo de representação. A obra não deve ser fechada ( deve-se valorizar o processo, e só através dessa lógica é que daremos margens aos questionamentos, críticas. Fizemos uma ponte dos conceitos de Artur Barrio com o teatro pós-moderno e levantamos algumas considerações sobre como tirar o caráter hegemônico da narrativa (modelo aristotélico) e igualá-lo e dialogá-lo com outros elementos constituintes do fazer teatral? Como seria estabelecer uma relação entre ator versus platéia, criando signos e quebrando paradigmas? E o espaço, como torná-lo elemento imprescindível para a composição da obra artística, ou seja o espaço como sendo um produtor de sentidos?Pensamos em muitas respostas, mas ainda estamos "crus" nesse assunto sobre o que é representar e o que é não representar! Como, a partir de uma ação, causar reações no especatdor? Como tirar a passividade do objeto e elevá-lo, transgredi-lo, sem atribuí-lo sentido ilustrativo? Qual vai ser o suporte para se fazer uma ação teatral não representacional? Expontaneidade exacerbada, talvez! Mas como? Eis o caminho: buscar dialogar todos os elementos que constituem a teatralidade, no sentido de perceber a consequência dessas ações, e, a partir daí, analisar os signos criados e ver seus possíveis dialogos na relação de ator/espectador. Vários foram as hipótese e questionamentos... eles não se esgotam por aqui. Tem muito pano para manga...

didi

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