agrupamento independente de pesquisa cênica

Composto atualmente pelos artistas pesquisadores Clóvis Domingos, Flávia Fantini, Frederico Caiafa, Idelino Junior, Joyce Malta, Lissandra Guimarães, Matheus Silva, Nina Caetano, Paulo Maffei, Sabrina Batista Andrade e Wagner Alves de Souza, o Obscena funciona como uma rede colaborativa de criação e investigação teórico-prática sobre a cena contemporânea que visa instigar a troca, a provocação e a experimentação artísticas. Também participam dessa rede colaborativa obscênica os artistas Admar Fernandes, Clarissa Alcantara, Erica Vilhena, Leandro Acácio, Nildo Monteiro, Sabrina Biê e Saulo Salomão.

São eixos norteadores do agrupamento independente de pesquisa cênica, o work in process, os procedimentos de ocupação/intervenção em espaços públicos e urbanos e os procedimentos de corpo-instalação, além da investigação de uma ação não representacional a partir do estudo da performatividade e do pensamento obra de artistas como Artur Barrio, Hélio Oiticica e Lygia Clark.

Atualmente, o Obscena desenvolve o projeto Corpos Estranhos: espaços de resistência, que propõe tanto trocas virtuais e experimentação de práticas artísticas junto a outros coletivos de arte, como ainda a investigação teórica e prática de experimentos performativos no corpo da cidade. Os encontros coletivos se dão às quintas-feiras, de 15 às 19 horas, na Gruta! espaço cultural gerido pelo coletivo Casa de Passagem.

A criação deste espaço virtual possibilita divulgar a produção teórico-prática dos artistas pesquisadores, assim como fomentar discussões sobre a criação teatral contemporânea e a expansão da rede colaborativa obscênica por meio de trocas com outros artistas, órgãos e movimentos sociais de interesse.

segunda-feira, abril 25, 2016

Um espaço, muitos espaços - para Nina Caetano


Espaço do Silêncio (Belo Horizonte- 22 de abril de 2016): da invenção de um inventário


“Sinceramente no me puedo imaginar nada más emocionante, más convivial y con más poder de espontaneidad que un acto político. Quiero decir que cuando un acto convivial es poderoso, es porque es político: reúne lazos, genera discrepancias, establece relaciones inesperadas, concluye otras. Pero claro, si pensamos en la política como lo que hacen los políticos, estamos fritos.”. Ruben Ortiz (http://desinformemonos.org.mx/la-hegemonia-de-la-representacion-moderna/)




Espaço do Silêncio ou da escuta?
Espaço da denúncia ou do anúncio?
Espaço da ausência ou da presença?
Espaço da arte ou da política?
Espaço do branco ou do vermelho?
Espaço da mulher ou de todos?
Espaço da morte ou da vida?


Espaço da solidão ou do encontro?
Espaço da palavra ou do gesto?
Espaço do olhar ou da cegueira?
Espaço do poder ou do perder?
Espaço da apresentação ou do convívio?
Espaço da memória ou do esquecimento?
Espaço da indignação ou da comoção?


Espaço do Silêncio E da escuta?
Espaço da denúncia e do anúncio?
Espaço da ausência e da presença?
Espaço da arte e da política?
Espaço do branco e do vermelho?
Espaço da mulher e de todos?
Espaço da morte e da vida?
Espaço da solidão e do encontro?





Espaço da palavra e do gesto?
Espaço do olhar e da cegueira?
Espaço do poder e do perder?
Espaço da apresentação e do convívio?
Espaço da memória e do esquecimento?
Espaço da indignação e da comoção?


Espaço do silêncio, da escuta, da denúncia, do anúncio, da ausência, da presença, da arte, da política, do branco, do vermelho, da mulher, dos homens, de todos, da cidade, da morte, da vida, da solidão, do encontro, da palavra, do gesto, do olhar, das cegueiras, do poder, do perder, da apresentação, do convívio, da memória, do esquecimento, da indignação, da comoção, espaço da Nina, espaço meu, teu, espaço nosso = ESPAÇO DO DIÁLOGO!


domingo, abril 24, 2016

Sonoridades luminosas para tempos sombrios

2016. Quais sons, gestos, discursos? Fazer política na alegria e na afirmação. Circular afetos. Corpos em festa. Idelino Júnior nos contamina com o desejo de cantarmos e dançarmos a existência e a cidade. Celebração! Idelino bruxo e suas magias e amarrações: amar AÇÕES, inaugurar a gira, somar as forças. Estados ativos.


2016. Primeiros encontros. Primeiros ensaios. Muitas ideias e desejos. Vamos renovar o show Sonoridades Obscênicas? Sim, cinco anos. SENSUALIZA!!! Novas músicas, novos textos, antigos apelos, eternas delícias, o perigo do controle e da vigilância só aumentam, ainda que disfarçados!!! Tempos urgentes.


2016. Voltar ao nosso terreiro performativo e existencial, daí obsceno e político. Juntar, agrupar, cantar, denunciar, sensualizar, brincar... Fôlego novo para o Obscena. Respiros. Contaminação. Convidar pessoas. Estamos em crise? Fazer da crise, CRISÁLIDA: sair do casulo, fazer transformação, borboletar, romper o silêncio. Vamos pra rua gente?





2016. Ano político complicado. Dar um golpe de capoeira na hipocrisia e na mentira. Poetizar bons encontros. Cuspir na cara dos fariseus!!! Denunciar os ladrões do templo sagrado da Vida COLETIVA! Ano de guerra e de luta. Convocar Ogum, Xangô e Oxóssi: lutar, fazer justiça, caçar novos alimentos para o banquete da vida. Cuidado!!! “Jesus te ama e nós te oprimimos. Viva a família brasileira”! Tão triste esse teatro da morte e a vida pedindo um espaço nessa agenda.


2016. Tentar emitir pequenas luzes feito vaga-lumes a nos iluminar na noite escura. Pequenos lampejos de corpos que ainda resistem. Precisamos voltar para as ruas, becos, praças e esquinas. Corpo junto a corpo. As paixões tristes não podem nos silenciar. Salve EXU!!! Não somos perdedores! Derrota é ficar acomodado ou acreditar nos discursos fascistas. Se perder é afirmar a multiplicidade e a democracia, vamos nos perder e pender à luta!



2016. “Quero ficar no teu corpo feito tatuagem, que é prá te dar CORAGEM quando a noite vem”! Vamos amanhecer obscenamente... Que se convoquem tatuadores, poetas, feiticeiros, malandros e deliciosos "sol - dados" (iluminados), soldantes obscenos.