O MÊS DO CACHORRO DOIDO
Eu, uma ‘mulhercadelacachorraembucetada da e navida’ encontro-me novamente com meus companheiros de trabalhos OBSCÊNICOS. Após o mês de ‘férias’ retornamos ao nosso espaço, opa, nosso? Já de cara o secretário do teatro no avisa que as atividades do mesmo não são compatíveis com nossa estadia, teremos que nos adequar. Eu tenho vontade de gritar: ADEQUAR DE CU É ROLA! Sim, sei que é no mínimo escroto o meu grito, mas será tão mais que a DITADURA BRANCA que nos cerca? Eis a pergunta que não se cala, que não se engole!
Enfim, esta é nossa sina: VAGAR PELAS RUAS DA CIDADE OBSCENANDO.
Assim mesmo no gerúndio.
Não temos nada a perder, creio que este parto do espaço tranqüilo e seguro do teatro será mais producente a nós.
Afinal nada me interessa no teatro, principalmente no teatro de nossa cidade, não todo, mas a grande maioria.
Não creio mais no teatro como ferramenta ou instrumento de mudanças sociais, humanas, ecológicas, psicológicas e seja lá mais qual função o destinaram ao longo dos anos. Do entretenimento à revolução todas as formas já estão batidas e desnecessárias.
VÁ AO TEATRO E NÃO ME CHAME!
Mesmo assim não creiamm em mim. Sou uma mentirosa. Minto todos os dias para me safar, para pagar minhas contas e viver uma vidinha pequeno burguesa pseudo confortável. É isso mesmo. Não creiam em minhas palavras, mas antes confrontem comigo em meus experimentos!
E no mês do cachorro doido desejo que todos nós nos contaminemos pelo vírus da raiva e babemos nossa hipocrisia, nossa preguiça, nossas mentiras e verdades pelas ruas dessa cidade concretamente encaretada.
SARAVÁ!
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