agrupamento independente de pesquisa cênica

Composto atualmente pelos artistas pesquisadores Clóvis Domingos, Flávia Fantini, Frederico Caiafa, Idelino Junior, Joyce Malta, Lissandra Guimarães, Matheus Silva, Nina Caetano, Paulo Maffei, Sabrina Batista Andrade e Wagner Alves de Souza, o Obscena funciona como uma rede colaborativa de criação e investigação teórico-prática sobre a cena contemporânea que visa instigar a troca, a provocação e a experimentação artísticas. Também participam dessa rede colaborativa obscênica os artistas Admar Fernandes, Clarissa Alcantara, Erica Vilhena, Leandro Acácio, Nildo Monteiro, Sabrina Biê e Saulo Salomão.

São eixos norteadores do agrupamento independente de pesquisa cênica, o work in process, os procedimentos de ocupação/intervenção em espaços públicos e urbanos e os procedimentos de corpo-instalação, além da investigação de uma ação não representacional a partir do estudo da performatividade e do pensamento obra de artistas como Artur Barrio, Hélio Oiticica e Lygia Clark.

Atualmente, o Obscena desenvolve o projeto Corpos Estranhos: espaços de resistência, que propõe tanto trocas virtuais e experimentação de práticas artísticas junto a outros coletivos de arte, como ainda a investigação teórica e prática de experimentos performativos no corpo da cidade. Os encontros coletivos se dão às quintas-feiras, de 15 às 19 horas, na Gruta! espaço cultural gerido pelo coletivo Casa de Passagem.

A criação deste espaço virtual possibilita divulgar a produção teórico-prática dos artistas pesquisadores, assim como fomentar discussões sobre a criação teatral contemporânea e a expansão da rede colaborativa obscênica por meio de trocas com outros artistas, órgãos e movimentos sociais de interesse.

segunda-feira, agosto 18, 2008

11 de Agosto

No encontro do dia 11 de agosto cada integrante do grupo deveria ir para algum local público em BH, com o objetivo de buscar materiais para a pesquisa individual de cada ator pesquisador. Bem... escolhi as casas de prostíbulos de BH! Segui rumo a duas casas, perto da rodoviária. Nas duas, o segurança me pediu carteira de identidade e ainda sim desconfiam de minha idade. As duas casas que conheci era praticamente idênticas. Tinham o mesmo aspecto: cheiro de incenso vagabundo, cheiro de perfume forte, cheiro de sexo ( algumas vezes senti o cheiro de goma de preservativo ). E nas duas casas, longos corredores... muitas portas... umas fechadas com plaquinhas escritas " FAÇO MASSAGENS POR 10 REAIS (...) PREÇO MÁXIMO ATÉ 10 REAIS (...) Já as portas abertas mulheres nuas deitadas sobre a cama lendo CARAS, CONTIGO, ou REVISTA EM QUADRINHO. Muitas com sorrisos forçados, outras nem forçavam seus desprazer! Algumas se masturbavam mecanicamente, outras gritavam, outras cantavam, outras escutavam FUNK! Houve um instante em que uma profisional do sexo estava contando uma história para a outra. Eu muito interessado parei e fiquei escutando, tentando me aproximar delas. E foi muito interessante que elas me inseriram na conversa sem nenhum problema. Ela contava que há instantes atrás um homem de camiseta cor de creme a pediu para enfiar um "consolo no rabo dele", e ela ao enfiar tal consolo foi impedida pelo homem, pois este disse que era muito pequeno. Ele a chamos de filha da puta e pediu para enfiar a mão inteira! A profissional do sexo ficou irritada por ele a ter agredido, chamando-a de Filha da puta. Ela disse a ele que não iria infiar a mão em seu rabo, pois seu rabo deveria ser sujo e que ela não queria ficar intalada com a mão naquele cu pobre". Depois dela ter me contado esse caso sai da casa e fui para um bar da esquina que havia estrip de mulher. Paguei R$ 2,oo para ter dois minutos de estrip. Começou: uma mulher bonita, morena, de óculos escuros dançando em uma cama em constantes giros. Ela se masturbava cenicamente! Evitava me olhar! Dançava... dançava e de súbito, as luzes se acabavam. Quem gozasse ótimo! Quem não gozasse que comprasse mais fichas! Quando deu 15 para as 22 horas precisei abandonar todo aquele universo e me retornar ao Marília. Quando estávamso reunidos um dos integrantes do grupo: Moacir, nos deu uma notícia ruim, falando que nos abandonaria temporariamente por motivos profissionais e pessoais. O clima ficou triste, mas em seguida comemoramos o niver de Nina no Maleta. Bebemos, conversamos, rimos. Enfim, foi isso...

Um comentário:

Mariana Bernardes disse...

Como eu gostaria de ter ido com vc nessa jornada...