agrupamento independente de pesquisa cênica

Composto atualmente pelos artistas pesquisadores Clóvis Domingos, Flávia Fantini, Frederico Caiafa, Idelino Junior, Joyce Malta, Lissandra Guimarães, Matheus Silva, Nina Caetano, Paulo Maffei, Sabrina Batista Andrade e Wagner Alves de Souza, o Obscena funciona como uma rede colaborativa de criação e investigação teórico-prática sobre a cena contemporânea que visa instigar a troca, a provocação e a experimentação artísticas. Também participam dessa rede colaborativa obscênica os artistas Admar Fernandes, Clarissa Alcantara, Erica Vilhena, Leandro Acácio, Nildo Monteiro, Sabrina Biê e Saulo Salomão.

São eixos norteadores do agrupamento independente de pesquisa cênica, o work in process, os procedimentos de ocupação/intervenção em espaços públicos e urbanos e os procedimentos de corpo-instalação, além da investigação de uma ação não representacional a partir do estudo da performatividade e do pensamento obra de artistas como Artur Barrio, Hélio Oiticica e Lygia Clark.

Atualmente, o Obscena desenvolve o projeto Corpos Estranhos: espaços de resistência, que propõe tanto trocas virtuais e experimentação de práticas artísticas junto a outros coletivos de arte, como ainda a investigação teórica e prática de experimentos performativos no corpo da cidade. Os encontros coletivos se dão às quintas-feiras, de 15 às 19 horas, na Gruta! espaço cultural gerido pelo coletivo Casa de Passagem.

A criação deste espaço virtual possibilita divulgar a produção teórico-prática dos artistas pesquisadores, assim como fomentar discussões sobre a criação teatral contemporânea e a expansão da rede colaborativa obscênica por meio de trocas com outros artistas, órgãos e movimentos sociais de interesse.

sexta-feira, outubro 18, 2013

Panfletar Vinicius


Panfletar Vinicius
(poema de Clóvis Domingos com fotografias de Whesney Siqueira).

Da banheira
do poeta
para a poeira
da cidade concreta
e apressada
A palavra
lavrada
manifesta
fez-se canção
na Praça da Estação.

Declamar
panfletar
Entregar
alguns sonetos do poeta
muito além da informação
numa intenção
secreta
a palavra foi liberta.




Da banheira do poeta
para uma cidade aberta
fez-se pausa e interrupção.

A poesia redescoberta
o que Vinicius desperta
é um tempo de comunhão!

4 comentários:

EsquizoZito disse...

otimas imagens... e pela produção textual, os encontros potentes!!!

BH agradece tanto cuidado!!

Balaio da Vivi disse...

muito bacana! curti! pena que não passei por lá...

Leandro Silva Acácio disse...

Querido Doutor, com esta ação linda

você auscultou-nos o coração,

reavivou-nos com as cores da vida,

fez transfusão de seivas de amor...


Clóvis Domingos disse...

Meus queridos, obrigado pela leitura e comentários. A panfletagem aqui foi poética, fora da ideia de venda e consumo, um médico-performer ambulante pela cidade. Pequenas gentilezas poéticas!!! Uma gestualidade cotidiana do espaço público ( o ato de panfletar, objetiva e comercial, agora subvertida por um desejo subjetivo de encontros e con-tatos. Uma carícia no corpo da cidade...


clóvis