agrupamento independente de pesquisa cênica

Composto atualmente pelos artistas pesquisadores Clóvis Domingos, Flávia Fantini, Frederico Caiafa, Idelino Junior, Joyce Malta, Lissandra Guimarães, Matheus Silva, Nina Caetano, Paulo Maffei, Sabrina Batista Andrade e Wagner Alves de Souza, o Obscena funciona como uma rede colaborativa de criação e investigação teórico-prática sobre a cena contemporânea que visa instigar a troca, a provocação e a experimentação artísticas. Também participam dessa rede colaborativa obscênica os artistas Admar Fernandes, Clarissa Alcantara, Erica Vilhena, Leandro Acácio, Nildo Monteiro, Sabrina Biê e Saulo Salomão.

São eixos norteadores do agrupamento independente de pesquisa cênica, o work in process, os procedimentos de ocupação/intervenção em espaços públicos e urbanos e os procedimentos de corpo-instalação, além da investigação de uma ação não representacional a partir do estudo da performatividade e do pensamento obra de artistas como Artur Barrio, Hélio Oiticica e Lygia Clark.

Atualmente, o Obscena desenvolve o projeto Corpos Estranhos: espaços de resistência, que propõe tanto trocas virtuais e experimentação de práticas artísticas junto a outros coletivos de arte, como ainda a investigação teórica e prática de experimentos performativos no corpo da cidade. Os encontros coletivos se dão às quintas-feiras, de 15 às 19 horas, na Gruta! espaço cultural gerido pelo coletivo Casa de Passagem.

A criação deste espaço virtual possibilita divulgar a produção teórico-prática dos artistas pesquisadores, assim como fomentar discussões sobre a criação teatral contemporânea e a expansão da rede colaborativa obscênica por meio de trocas com outros artistas, órgãos e movimentos sociais de interesse.

terça-feira, outubro 02, 2012

humanize uma cidade







Belo Horizonte, 14 de setembro de 2012.


Caro(a)


Que bom conhecê-lo(a), encontrá-lo(a) em lugar tão distinto!
Lugar escolhido, eleito para a experiência do encontro. 
Lugares assim deveriam ser multiplicados aos montes pelas cidades, 
para que as pessoas tivessem sempre onde buscar o melhor alimento humano: o afeto.

A cidade que desejamos, quer juntar para instigar, diversificar, potencializar e expandir as existências. As nossas! 
Somos a matéria mais concreta ocupante deste mundo conhecido. 
somos carne, ossos, secreções,
alma e ressonâncias. Compomos e recompomos num movimento sem fim.
O que viemos desenvolvendo até então?
Queremos nos manter em ação?
Precisamos nos considerar sempre e absolutamente.
Precisamos considerar a todos. Devemos assimilar a nossa espécie com toda sua diversidade e potencialidade.

Humanize uma cidade de pedra!

Humanize-se sempre! A todo instante!
Humanize tudo à sua volta!
Humanize a vida! Humanize o encontro com o outro!
Continuemos a girar a roda, mas de uma forma mais interessante, atraente e solidária! 

Com nosso carinho,
Irmãos Lambe-lambe
Obscena – Agrupamento independente de pesquisa cênica.
WWW.OBSCENICA.BLOGSPOT.COM

Um comentário:

Clóvis Domingos disse...

Lissandra, que bela carta enviada aos participantes! Pura poesia e convite a uma humanização do homem. Se nos humanizamos, a cidade (nosso espaço) também se transforma.

Adorei fazer essa ação poética com você!
Clóvis.