agrupamento independente de pesquisa cênica

Composto atualmente pelos artistas pesquisadores Clóvis Domingos, Flávia Fantini, Frederico Caiafa, Idelino Junior, Joyce Malta, Lissandra Guimarães, Matheus Silva, Nina Caetano, Paulo Maffei, Sabrina Batista Andrade e Wagner Alves de Souza, o Obscena funciona como uma rede colaborativa de criação e investigação teórico-prática sobre a cena contemporânea que visa instigar a troca, a provocação e a experimentação artísticas. Também participam dessa rede colaborativa obscênica os artistas Admar Fernandes, Clarissa Alcantara, Erica Vilhena, Leandro Acácio, Nildo Monteiro, Sabrina Biê e Saulo Salomão.

São eixos norteadores do agrupamento independente de pesquisa cênica, o work in process, os procedimentos de ocupação/intervenção em espaços públicos e urbanos e os procedimentos de corpo-instalação, além da investigação de uma ação não representacional a partir do estudo da performatividade e do pensamento obra de artistas como Artur Barrio, Hélio Oiticica e Lygia Clark.

Atualmente, o Obscena desenvolve o projeto Corpos Estranhos: espaços de resistência, que propõe tanto trocas virtuais e experimentação de práticas artísticas junto a outros coletivos de arte, como ainda a investigação teórica e prática de experimentos performativos no corpo da cidade. Os encontros coletivos se dão às quintas-feiras, de 15 às 19 horas, na Gruta! espaço cultural gerido pelo coletivo Casa de Passagem.

A criação deste espaço virtual possibilita divulgar a produção teórico-prática dos artistas pesquisadores, assim como fomentar discussões sobre a criação teatral contemporânea e a expansão da rede colaborativa obscênica por meio de trocas com outros artistas, órgãos e movimentos sociais de interesse.

quinta-feira, março 24, 2011

classificação zoológica da mulher

Mulher vaca. Nome científico: femina docilis.

foto: nina caetano

Seu habitat natural é o lar, o ambiente doméstico. Adora passar, limpar, cozinhar e cuidar, mesmo sem vontade.O temperamento dócil das mulheres vacas associado à sua indiscutível utilidade econômica, fez da domesticação da espécie a mais antiga da história da civilização. Estima-se que já eram domesticadas pelos homens das cavernas.

Além da força de trabalho, esse animal é extremamente útil porque dele se aproveita tudo: você pode comer a carne e até arrancar o couro que a mulher vaca não reclama. Além disso, ela tem como qualidade a capacidade de tudo suportar, sem frescura. Carga, peso, culpa.

Cuidado! Não alimente com idéias, pode ser perigoso.



Mulher cachorra. Nome científico: femina vulgaris.

foto: nina caetano


Seu habitat natural é a rua, o bar, o baile funk. Normalmente tem hábito noturno, mas há espécies que funcionam dia e noite.

É um animal extremamente sociável, aceitando seu dono como chefe da matilha. Aliás, essa espécie precisa de dono para se sentir feliz.

Bastante utilizada como bichinho de estimação e enfeite de namorado, a mulher cachorra aceita bem a coleira, que usa como se fosse um colar de diamantes.

A mulher cachorra é relativamente dócil e leal. Se bem adestrada, ela lambe e até balança o rabinho. Mesmo sem vontade.

Para o adestramento, pode ser necessário o uso de tapinhas. Mas não se preocupe porque, para a verdadeira mulher cachorra, um tapinha não dói.

Cuidado! Não alimente com idéias, pode ser perigoso.