Primeiramente assistimos ao vídeo "O Corpo na Arte Contemporânea Brasileira" produzido pelo Itaú Cultural. No depoimento dos artistas e estudiosos, hoje na arte não haveria mais uma identidade formal, mas uma proximidade e identidade temáticas. No caso do vídeo, percebe-se que as questões do corpo contemporâneo atravessam as mais variadas obras e estéticas.
Há uma relação com o trabalho do Obscena: existe um tema que é abordado de diferentes maneiras pelos pesquisadores. Vejo Saulo e Leandro investigando a construção de uma casa a partir da coleta de objetos coletados no espaço da cidade, ao mesmo tempo que Nina e Lica continuam na problematização das caricaturas criadas sobre o corpo feminino. O poder das imagens e discursos que veiculam perigosos simulacros a domesticar o corpo da mulher. Vide a última postagem de Nina sobre o "corpo zoológico" da mulher. Então haveria um grande tema que é apropriado de forma singular pelos pesquisadores.
Depois assistimos ao filme : "1,99 - Um Supermercado que vende palavras" do Marcelo Masagão.
Uma obra impactante, sem diálogos, com imagens que nos mostram como a vida e as relações se tornaram um grande supermercado a vender desejos, palavras de ordem e falsas fórmulas de felicidade. O filme fala de fetiche, consumo, exclusão, submissão de corpos e vontades e de como a vida foi capturada pelo poder do mercado e do marketing e pela invenção de necessidades para nos sentirmos inclusos no mundo.
Mateus nos propôs há algumas semanas a leitura e discussão de um texto sobre o Poder e há um trecho que me remete ao filme do Masagão:
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