agrupamento independente de pesquisa cênica

Composto atualmente pelos artistas pesquisadores Clóvis Domingos, Flávia Fantini, Frederico Caiafa, Idelino Junior, Joyce Malta, Lissandra Guimarães, Matheus Silva, Nina Caetano, Paulo Maffei, Sabrina Batista Andrade e Wagner Alves de Souza, o Obscena funciona como uma rede colaborativa de criação e investigação teórico-prática sobre a cena contemporânea que visa instigar a troca, a provocação e a experimentação artísticas. Também participam dessa rede colaborativa obscênica os artistas Admar Fernandes, Clarissa Alcantara, Erica Vilhena, Leandro Acácio, Nildo Monteiro, Sabrina Biê e Saulo Salomão.

São eixos norteadores do agrupamento independente de pesquisa cênica, o work in process, os procedimentos de ocupação/intervenção em espaços públicos e urbanos e os procedimentos de corpo-instalação, além da investigação de uma ação não representacional a partir do estudo da performatividade e do pensamento obra de artistas como Artur Barrio, Hélio Oiticica e Lygia Clark.

Atualmente, o Obscena desenvolve o projeto Corpos Estranhos: espaços de resistência, que propõe tanto trocas virtuais e experimentação de práticas artísticas junto a outros coletivos de arte, como ainda a investigação teórica e prática de experimentos performativos no corpo da cidade. Os encontros coletivos se dão às quintas-feiras, de 15 às 19 horas, na Gruta! espaço cultural gerido pelo coletivo Casa de Passagem.

A criação deste espaço virtual possibilita divulgar a produção teórico-prática dos artistas pesquisadores, assim como fomentar discussões sobre a criação teatral contemporânea e a expansão da rede colaborativa obscênica por meio de trocas com outros artistas, órgãos e movimentos sociais de interesse.

terça-feira, setembro 18, 2012

Sonoridades Obscênicas – Eu fui BETHÂNIA



A noite de sexta passada foi realmente obscênica. A apresentação do SONORIDADES OBSCÊNICAS no Centro Cultural Salgado Filho foi um sucesso e uma delícia. Na vivência desse trabalho tão irreverente e divertido, também pude perceber a dimensão política presente na proposta artística, se buscando pensar a cidade e os espaços nos quais vivemos. 

Fora as novas experimentações que ocorreram, como a minha ideia de uma homenagem ao cantor Wando, um grande obsceno. Que bom poder criar, experimentar e concretizar! Ensaiamos um pouco na véspera, mas sempre fica algo a ser vivenciado no instante do encontro com as pessoas. Uma incompletude, uma falta de definição exata de algumas coisas e isso gera mais atenção e estado de presença na apresentação.

Os figurinos foram repaginados (sempre inventamos algo) e quando Clarissa me colocou uma pulseira vermelha no pulso, me senti Bethânia na hora e celebrei a oportunidade de “brincar” de ser cantor...Também me senti Caetano, Cauby e Arnaldo Antunes.

“Sonoridades” é um evento performático, uma macumba urbana contemporânea e que pede criadores inquietos e ousados. Como “performer” me senti contente e feliz por compartilhar arte e vida com um coletivo tão talentoso. É nesse novo artista que acredito, pois:

Privilegia-se, na nova cena, o criador – em presença –, sua voz autoral, em que se acumulam as funções de direção, criação da textualização de processo e linkage da mise-en-scène. Desloca-se, na verdade, os procedimentos da performance, em que criador-atuante partituriza seu corpo, sua emoção, subjetividade, suas relações com a escala fenomenal, com o espaço, tempo, materiais, para a extensão grupal, a operação cênico-teatral (COHEN, 1998, p.28. Work In Progress na Cena Contemporânea).

Foi uma noite mágica e sentimos que alegramos o público presente. Uma casa vermelha foi construída com objetos, sons, melodias e muita poesia. Agora é levarmos nossa gira para o Centro Cultural São Geraldo.

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