agrupamento independente de pesquisa cênica

Composto atualmente pelos artistas pesquisadores Clóvis Domingos, Flávia Fantini, Frederico Caiafa, Idelino Junior, Joyce Malta, Lissandra Guimarães, Matheus Silva, Nina Caetano, Paulo Maffei, Sabrina Batista Andrade e Wagner Alves de Souza, o Obscena funciona como uma rede colaborativa de criação e investigação teórico-prática sobre a cena contemporânea que visa instigar a troca, a provocação e a experimentação artísticas. Também participam dessa rede colaborativa obscênica os artistas Admar Fernandes, Clarissa Alcantara, Erica Vilhena, Leandro Acácio, Nildo Monteiro, Sabrina Biê e Saulo Salomão.

São eixos norteadores do agrupamento independente de pesquisa cênica, o work in process, os procedimentos de ocupação/intervenção em espaços públicos e urbanos e os procedimentos de corpo-instalação, além da investigação de uma ação não representacional a partir do estudo da performatividade e do pensamento obra de artistas como Artur Barrio, Hélio Oiticica e Lygia Clark.

Atualmente, o Obscena desenvolve o projeto Corpos Estranhos: espaços de resistência, que propõe tanto trocas virtuais e experimentação de práticas artísticas junto a outros coletivos de arte, como ainda a investigação teórica e prática de experimentos performativos no corpo da cidade. Os encontros coletivos se dão às quintas-feiras, de 15 às 19 horas, na Gruta! espaço cultural gerido pelo coletivo Casa de Passagem.

A criação deste espaço virtual possibilita divulgar a produção teórico-prática dos artistas pesquisadores, assim como fomentar discussões sobre a criação teatral contemporânea e a expansão da rede colaborativa obscênica por meio de trocas com outros artistas, órgãos e movimentos sociais de interesse.

sexta-feira, fevereiro 18, 2011

O corpo vibrátil

Na última quinta, Nina trabalhou com o coletivo um exercício sensorial: a experimentação do corpo com diferentes objetos e lugares no espaço. O exercício "Objetos Relacionais", inspirado pela prática de Lygia Clark me permitiu habitar outras paisagens corporais, além de sensações e memórias que foram acionadas.

Há uma vibratilidade no corpo, uma vibração, um movimento sensível. Eleonora Fabião em seu texto "Corpo Cênico, Estado Cênico" (Revista Folhetim, 2003) afirma que:

"o corpo é sólido, pastoso, gasoso, elétrico, líquido. O corpo acontece em densidades cambiantes. Estamos permanentemente vibrando, uma vibração mínima. O adjetivo vibrátil nomeia não apenas essa condição de combinarmos e cambiarmos densidades permanentememte, mas também um estremular contínuo, a oscilação entre ser e não ser, entre vida e morte, entre livre arbítrio e determinismo que encarnamos".

2 comentários:

Nina Caetano disse...

interessante demais essa idéia do corpo vibrátil, acho que conjuga as percepções que tive na observação dos corpos em trabalho... boa mesmo.

Davi Pantuzza Marques disse...

também gosto demais dessa ideia! um corpo é um feixe infinito de moléculas em estado de agitação; emaranhado de intensidades; vórtices ora em baixa ora em alta velocidade.

na trilha do matheus, na fenomenologia - corpo é sempre entre, estado contínuo de alinhamentos, desalinhamentos...; respiro, dentro e fora simultaneamente...