agrupamento independente de pesquisa cênica

Composto atualmente pelos artistas pesquisadores Clóvis Domingos, Flávia Fantini, Frederico Caiafa, Idelino Junior, Joyce Malta, Lissandra Guimarães, Matheus Silva, Nina Caetano, Paulo Maffei, Sabrina Batista Andrade e Wagner Alves de Souza, o Obscena funciona como uma rede colaborativa de criação e investigação teórico-prática sobre a cena contemporânea que visa instigar a troca, a provocação e a experimentação artísticas. Também participam dessa rede colaborativa obscênica os artistas Admar Fernandes, Clarissa Alcantara, Erica Vilhena, Leandro Acácio, Nildo Monteiro, Sabrina Biê e Saulo Salomão.

São eixos norteadores do agrupamento independente de pesquisa cênica, o work in process, os procedimentos de ocupação/intervenção em espaços públicos e urbanos e os procedimentos de corpo-instalação, além da investigação de uma ação não representacional a partir do estudo da performatividade e do pensamento obra de artistas como Artur Barrio, Hélio Oiticica e Lygia Clark.

Atualmente, o Obscena desenvolve o projeto Corpos Estranhos: espaços de resistência, que propõe tanto trocas virtuais e experimentação de práticas artísticas junto a outros coletivos de arte, como ainda a investigação teórica e prática de experimentos performativos no corpo da cidade. Os encontros coletivos se dão às quintas-feiras, de 15 às 19 horas, na Gruta! espaço cultural gerido pelo coletivo Casa de Passagem.

A criação deste espaço virtual possibilita divulgar a produção teórico-prática dos artistas pesquisadores, assim como fomentar discussões sobre a criação teatral contemporânea e a expansão da rede colaborativa obscênica por meio de trocas com outros artistas, órgãos e movimentos sociais de interesse.

segunda-feira, setembro 22, 2014

Entre o ouro e o preto, eu quero a nuvem

(Publico o texto final do show "Sonoridades Obscênicas", especialmente criado para a cidade de Ouro Preto).


"Entre o ouro e o preto
eu quero a nuvem
Teu corpo penugem
com teu corpo suar!

Foto de Beatriz Mendes


Entre a igreja e o Bar
eu quero cantar!
Orar
em línguas de bêbado e poeta
quero Ouro Preto aberta
não ter mais que pagar!

E de bar em bar
feito procissão
pedir proteção
pró-tesão
pró- Amar!

Me acabar
em vida
se a bebida
não me lançar
para tuas noites nuas
beijar
tuas luas
e tuas ruas
Louvar!

Pois minha igreja não é barroca
Minha Igreja é o BARROCO
que não existe mais!
Ou então o BARRABÁS!!!
Saudades do Barrabás!

Eu quero um país Barrabás!
Chega de nação de jesus!
Vamos tirar o Brasil da cruz!
Do pecado, da moral e do sacrifício
vamos fazer do prazer um vício!
Chega de escravidão!
Eu quero um país pagão!
Feiticeiro, brincante e plural
porno-político e sexual!

A alegria é meu SANTO FORTE
meu FRIC, meu chilique!
Meu PORÃO TREZE
Minha RUA DA LAMA
Deixa Ouro Preto ir para a cama
fazer amor
sem preconceito de classe, sexo e cor!

Que se feche uma igreja
e se abra um Bar
para a Diferença livremente dançar!

Numa cidade sem palco
sem grades
sem anjos
sem santos
sem gruas!
EU QUERO BOTAR NOSSO BLOCO NA RUA!"

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