
juntamos o conduza-me no "mapeamento" proposto pela flávia fantini - e que a gente vem realizando desde fevereiro - a partir do jogo de dados. na verdade, é bem o contrário. a proposta é o jogo de dados e a performance, sendo o mapa uma espécie de tabuleiro para o jogo: estamos trabalhando com um mapa das estações de metrô de bh. sobre ele, lança-se os dados e anda-se a partir da estação do horto (onde estamos) para uma direção qualquer, a quantidade de casas que corresponder ao número dos dados somados. nesta estação "escolhida" e arredores, performamos.
em geral já começamos a trabalhar ainda na gruta e dela já avançamos, a performar pelo caminho, até a estação alvo. pois a ideia é essa: que performemos na estação sorteada.
o que performamos? o que seria performar? é o que investigamos e experimentamos a cada vez que fazemos. é essa cartografia que estamos desenhando. para isso, a cada vez, um dos performers pesquisadores do obscena propõe um eixo para a ação: desenha um programa de ação, uma proposta.

eu acompanhei essa primeira etapa, de ida para a estação minas shopping. aproveitei para registrar alguns momentos.
depois, na volta, eu me vendei e fui conduzida por leandro. queria muito narrar o que experimentei. minhas impressões. pois foram tantas e tão fortes. mas, é estranho...
está sendo difícil - até quando vou comentar com outra pessoa o que vivenciamos, tem sido difícil narrar essa experiência que foi tão forte, tão prazerosa. tão mergulhada em sensações.
tive sorte. porque meu corpo estava muito disponível. e tive uma interação muito boa com meu condutor. eu me sentia segura e ia no comando dele, sem pestanejar. e ele me deixava muito livre. me guia me soltando no espaço, traçando rotas livres, caminhadas rápidas, corridas. eu voava!
foi especialmente bom no vagão do metrô que ia vazio, agora na volta. com a velocidade do trem e o espaço, era possível dançar e girar nos braços dele e quase correr... ah!
quero mais.
Nenhum comentário:
Postar um comentário