agrupamento independente de pesquisa cênica

Composto atualmente pelos artistas pesquisadores Clóvis Domingos, Flávia Fantini, Frederico Caiafa, Idelino Junior, Joyce Malta, Lissandra Guimarães, Matheus Silva, Nina Caetano, Paulo Maffei, Sabrina Batista Andrade e Wagner Alves de Souza, o Obscena funciona como uma rede colaborativa de criação e investigação teórico-prática sobre a cena contemporânea que visa instigar a troca, a provocação e a experimentação artísticas. Também participam dessa rede colaborativa obscênica os artistas Admar Fernandes, Clarissa Alcantara, Erica Vilhena, Leandro Acácio, Nildo Monteiro, Sabrina Biê e Saulo Salomão.

São eixos norteadores do agrupamento independente de pesquisa cênica, o work in process, os procedimentos de ocupação/intervenção em espaços públicos e urbanos e os procedimentos de corpo-instalação, além da investigação de uma ação não representacional a partir do estudo da performatividade e do pensamento obra de artistas como Artur Barrio, Hélio Oiticica e Lygia Clark.

Atualmente, o Obscena desenvolve o projeto Corpos Estranhos: espaços de resistência, que propõe tanto trocas virtuais e experimentação de práticas artísticas junto a outros coletivos de arte, como ainda a investigação teórica e prática de experimentos performativos no corpo da cidade. Os encontros coletivos se dão às quintas-feiras, de 15 às 19 horas, na Gruta! espaço cultural gerido pelo coletivo Casa de Passagem.

A criação deste espaço virtual possibilita divulgar a produção teórico-prática dos artistas pesquisadores, assim como fomentar discussões sobre a criação teatral contemporânea e a expansão da rede colaborativa obscênica por meio de trocas com outros artistas, órgãos e movimentos sociais de interesse.

quinta-feira, junho 20, 2013

Que sensacional! O povo está na rua e nem é carnaval!!!






Praça Sete, ontem à noite. Fiz essas imagens durante o protesto que reuniu quase 10.000 pessoas no centro da cidade. Manifestei junto e senti a pulsação dos corpos nas ruas. Trata-se de uma conjunção de manifestações, causas e insatisfações. Espaço heterogêneo e militâncias diferenciadas. Manifestação horizontalizada e repleta de teatralidades e performatividades. Mas o elemento político me pareceu realmente ser o foco...

Me chamou a atenção os corpos-instalação dos manifestantes, seus cartazes e seus gritos e slogans.

O que me interessa nesse movimento nacional é o desejo da população de recuperar o ESPAÇO PÚBLICO, tanto geograficamente (questões de mobilidade urbana, por exemplo) quanto politicamente numa dimensão de um  espaço de discussão e decisões coletivas. O direito à cidade de fato. UM BASTA À UMA CIDADE AUTORITÁRIA E EXCLUDENTE! Cidade outdoor, planejada para os grandes eventos como a COPA DO MUNDO e sucateada cotidianamente nas esferas da Educação, Saúde e Transporte Público.

Um basta também a essa política higienista das prefeituras de quase todas as cidades brasileiras,  com seus projetos de uma arquitetura asséptica e privatizada, suas corrupções e seus decretos autoritários decididos na clandestinidade e sem a opinião pública consultada.

Caminhando pelas ruas ontem, numa grande performance social e civil, me voltaram de alguma forma a lembrança de uma série de ações performáticas e de intervenção urbana artística que já realizamos na cidade, tanto no OBSCENA, quanto nos diálogos com outros coletivos como, OS CONECTORES
( "PESCA NO ARRUDAS"), com eventos como do Galpão Cine Horto : OCUPE A CIDADE, no qual realizamos "CORPOS PROIBIDOS", " A PRAÇA É NOSSA?" , com o Movimento Fora Lacerda: "HUMANIZE UMA PEDRA", entre outros. Também me lembrei da PRAIA DA ESTAÇÃO e do evento MUROS: Territórios Compartilhados.

Foi sensacional ver e estar com todos os cidadãos na rua e essa reação popular já estava mais do que na hora de explodir!!!

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