

depois de longos 60 dias de espera, juntando cada peça da KAZA, comprando os panos, consertando a cadeira, juntamos os utensílios de cozinha, compramos o mosqueteiro, desistimos do barraco, pensamos e juntamos objetos encontrados na rua e nos despejos do Centro Cultural da UFMG: restos que nos interessava.
forramos a poltrona, fizemos arranjos, pregamos, colocamos cada item dentro do carrinho de compras que, ao longo desses dias, foi sendo reformado, trocamos as rodas, soldamos a parte traseira e, agora, pronto.
objetos da KAZA são: sonhos, livros, comidas, água... na rua, transportando a KAZA, ganhamos ajuda, batemos prego, escolhemos os melhores lugares para os quadros, instalamos o mosqueteiro, quarto, cozinha, espaço de leitura e conversa.
é manhã de quinta-feira, sob regência de áries, 31 de março de 2011, nasce a KAZA KIANDA, na avenida santos dumont, 240, centro de belo horizonte. ao mesmo tempo morre: tereza, joão, pedro, maria ... e josé de alencar é velado no palácio da liberdade.
KAZA kIANDA - Intervenção Urbana, realizada pelos criadores Saulo Salomão e Leandro Acácio. Desenvolvida em rede com os artistas do OBSCENA, dentro do projeto 'Corpos públicos, espaços privados: invasões no corpo da cidade'. Projeto contemplado pelo edital: Cena Aberta, do Centro Cultural da UFMG.
3 comentários:
lindo, saulinho! bem vindo de volta ao blog! legal demais ver a kaza crescendo e tomando conta de você, de leandro, você de novo compartilhando suas pesquisas. legal demais ver você agindo.
beijos
A metáfora KAZA sintetiza o lugar onde habitamos. Mas diferente da Casa (propriedade) a Kaza ocupou um lugar onde não é de ninguém e é de todos. Isso me lembra Ethos que podemos dar o significado de Casa, mas casa comum, habitat de determinado grupo social. Ora, se a Kaza é do grupo do grupo também são os valores que habitam essa casa. Os valores também são casas, ethos que com raiz grega se torna ética. Portanto, a Kaza na rua sintetiza a ética, ou seja, o lugar privado, que apreendido pelos olhares transeuntes, se torna comum.
Saulo, que belo relato de pesquisa. Sou um fã dessa KASA, habitá-la foi uma delícia e percebi que ainda há muito a descobrir, provocar e acontecer...Há lugares invisíveis nessa kasa kianda, kimove, kiprovoka.
Clóvis.
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