agrupamento independente de pesquisa cênica

Composto atualmente pelos artistas pesquisadores Clóvis Domingos, Flávia Fantini, Frederico Caiafa, Idelino Junior, Joyce Malta, Lissandra Guimarães, Matheus Silva, Nina Caetano, Paulo Maffei, Sabrina Batista Andrade e Wagner Alves de Souza, o Obscena funciona como uma rede colaborativa de criação e investigação teórico-prática sobre a cena contemporânea que visa instigar a troca, a provocação e a experimentação artísticas. Também participam dessa rede colaborativa obscênica os artistas Admar Fernandes, Clarissa Alcantara, Erica Vilhena, Leandro Acácio, Nildo Monteiro, Sabrina Biê e Saulo Salomão.

São eixos norteadores do agrupamento independente de pesquisa cênica, o work in process, os procedimentos de ocupação/intervenção em espaços públicos e urbanos e os procedimentos de corpo-instalação, além da investigação de uma ação não representacional a partir do estudo da performatividade e do pensamento obra de artistas como Artur Barrio, Hélio Oiticica e Lygia Clark.

Atualmente, o Obscena desenvolve o projeto Corpos Estranhos: espaços de resistência, que propõe tanto trocas virtuais e experimentação de práticas artísticas junto a outros coletivos de arte, como ainda a investigação teórica e prática de experimentos performativos no corpo da cidade. Os encontros coletivos se dão às quintas-feiras, de 15 às 19 horas, na Gruta! espaço cultural gerido pelo coletivo Casa de Passagem.

A criação deste espaço virtual possibilita divulgar a produção teórico-prática dos artistas pesquisadores, assim como fomentar discussões sobre a criação teatral contemporânea e a expansão da rede colaborativa obscênica por meio de trocas com outros artistas, órgãos e movimentos sociais de interesse.

terça-feira, abril 19, 2011

Da Arte de se perder uma carta...

Foto de Leandro Acácio


Sentir
Escrever
Dobrar.
Deixar
cair
Escorregar
da mão
até o chão.
Respirar...

Invadir
Esparramar
Afeto
no concreto.
Sujar de vida
a cidade bandida
Vendida
Rendida.

Uma carta
a se abandonar.
Será percebida
recolhida
e lida?
Ou pisoteada
rasgada
e varrida?

Uma folha que anda?
Ou como mais uma propaganda
será confundida?

Não há mais como saber.
É uma carta perdida...

2 comentários:

Nina Caetano disse...

que lindo, clovito!
já fez a experiência? eu já escrevi algumas cartas que estão aqui à espera...
beijos

Clóvis Domingos disse...

Nina, que bom saber que você está junto dessa ação. Fiquei curioso por tuas cartas. Desejo fazer um "abandono"coletivo de cartas no último dia de nossa Mostra de Abril.
Caso você não esteja presente, podemos nós dois fazermos a ação um dia, que tal?