agrupamento independente de pesquisa cênica

Composto atualmente pelos artistas pesquisadores Clóvis Domingos, Flávia Fantini, Frederico Caiafa, Idelino Junior, Joyce Malta, Lissandra Guimarães, Matheus Silva, Nina Caetano, Paulo Maffei, Sabrina Batista Andrade e Wagner Alves de Souza, o Obscena funciona como uma rede colaborativa de criação e investigação teórico-prática sobre a cena contemporânea que visa instigar a troca, a provocação e a experimentação artísticas. Também participam dessa rede colaborativa obscênica os artistas Admar Fernandes, Clarissa Alcantara, Erica Vilhena, Leandro Acácio, Nildo Monteiro, Sabrina Biê e Saulo Salomão.

São eixos norteadores do agrupamento independente de pesquisa cênica, o work in process, os procedimentos de ocupação/intervenção em espaços públicos e urbanos e os procedimentos de corpo-instalação, além da investigação de uma ação não representacional a partir do estudo da performatividade e do pensamento obra de artistas como Artur Barrio, Hélio Oiticica e Lygia Clark.

Atualmente, o Obscena desenvolve o projeto Corpos Estranhos: espaços de resistência, que propõe tanto trocas virtuais e experimentação de práticas artísticas junto a outros coletivos de arte, como ainda a investigação teórica e prática de experimentos performativos no corpo da cidade. Os encontros coletivos se dão às quintas-feiras, de 15 às 19 horas, na Gruta! espaço cultural gerido pelo coletivo Casa de Passagem.

A criação deste espaço virtual possibilita divulgar a produção teórico-prática dos artistas pesquisadores, assim como fomentar discussões sobre a criação teatral contemporânea e a expansão da rede colaborativa obscênica por meio de trocas com outros artistas, órgãos e movimentos sociais de interesse.

quarta-feira, abril 14, 2010

ação reação

ah, clóvis... como sempre nos fertilizando com seus materiais! obrigada pelo vídeo da lygia clark, simplesmente fabulosos os tais objetos relacionais.
claro que quero guardar aqui a devida proporção entre o trabalho que ela realiza e as possibilidades do que podemos fazer a partir dos objetos relacionais que inventarmos! não estamos no campo da psicanálise (embora, é claro, tocaremos no sujeito)... lembrando de merleau-ponty e da questão do corpo tão presente no texto do sperling, interessa-nos, acredito, a percepção no seu sentido mais físico, ou melhor dizendo (junto com a pessoa que sofreu a ação/reação dos o.r.), na pele.
várias texturas e pesos. sons.
lembrei-me, o tempo inteiro, do trabalho que clóvis e lissandra realizaram quando do projeto (de agosto a dezembro de 2009) "diálogos obscênicos" - junto às adolescentes em privação de liberdade do s. jerônimo. nesse trabalho, a partir da ativação da percepção pelos sentidos do corpo, eles realizaram uma experiência vivencial que colocou a todas em estado de criação.
lembrei-me também muito do workshop "como se fabrica uma mulher" que realizamos no recife e da questão do corpo embalagem.
as conexões começam a ter lugar. as coisas se colocam em movimento...
barbie tóxica. plástico embalagem. obra. ocupação.
está na hora da ação.

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