agrupamento independente de pesquisa cênica

Composto atualmente pelos artistas pesquisadores Clóvis Domingos, Flávia Fantini, Frederico Caiafa, Idelino Junior, Joyce Malta, Lissandra Guimarães, Matheus Silva, Nina Caetano, Paulo Maffei, Sabrina Batista Andrade e Wagner Alves de Souza, o Obscena funciona como uma rede colaborativa de criação e investigação teórico-prática sobre a cena contemporânea que visa instigar a troca, a provocação e a experimentação artísticas. Também participam dessa rede colaborativa obscênica os artistas Admar Fernandes, Clarissa Alcantara, Erica Vilhena, Leandro Acácio, Nildo Monteiro, Sabrina Biê e Saulo Salomão.

São eixos norteadores do agrupamento independente de pesquisa cênica, o work in process, os procedimentos de ocupação/intervenção em espaços públicos e urbanos e os procedimentos de corpo-instalação, além da investigação de uma ação não representacional a partir do estudo da performatividade e do pensamento obra de artistas como Artur Barrio, Hélio Oiticica e Lygia Clark.

Atualmente, o Obscena desenvolve o projeto Corpos Estranhos: espaços de resistência, que propõe tanto trocas virtuais e experimentação de práticas artísticas junto a outros coletivos de arte, como ainda a investigação teórica e prática de experimentos performativos no corpo da cidade. Os encontros coletivos se dão às quintas-feiras, de 15 às 19 horas, na Gruta! espaço cultural gerido pelo coletivo Casa de Passagem.

A criação deste espaço virtual possibilita divulgar a produção teórico-prática dos artistas pesquisadores, assim como fomentar discussões sobre a criação teatral contemporânea e a expansão da rede colaborativa obscênica por meio de trocas com outros artistas, órgãos e movimentos sociais de interesse.

sexta-feira, abril 18, 2008

A Sinestesia da dor

"Se permanecermos espectadores, se ficarmos sabiamente onde estamos, as catástrofes sempre permanecerão do lado de fora... tudo sempre parecerá ficção". Samuel Weber
As construções gradativas do exercícios, a ânsia de vômito, as vozes, os gritos, a mulher em seus lugares de tarefas inúteis, cenas multifaceladas... enfim: parir...
sair do lugar teórico para a pesquisa com o outro: " A união faz aguçar, a união faz o açúcar",
O preenchimento do ser, ver as mulheres fazendo suas tarefas diárias em um local deslocado do comum, fez as pessoas pararem! o dicionário de elementos mulherios, a xacota, a perversão, a cena em construção, aliás em comunhão à escrita, teci um jogo de significados que reafirmava o lugar feminino na cena contemporânea. A mulher que pariu, a chocadeira, voltamos aos gregos.. Será que é esta a herança que herdamos da antiguidade? Em meio à mulheres renomadas, donas de família, donas de empregos e agora: donas de suas vidas, de seus direitos de decisão!
Lutamos pelo adeus aos corpos massificados, obedientes, clareza? não sensações, isto se torna mais claro que as palavras... o feminino é dócil? o masculino é agressivo? quais a questões que devemos tentar nos responder? talvez as que passam pela dor... pois a dor humana é tão presente e constantemente real como nosso desejo de pesquisar, procurar...
As mulheres comandavam os homens nas vitrines! Evolução? Isto poderia sair do plano estético e caminhar nas vidas, não com ares de superioridade, mas de um encontro igual.
Talvez quando esta utopia se concretizar, partes dessas perguntas irão embora, e partes de nossos ossos também...

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