agrupamento independente de pesquisa cênica

Composto atualmente pelos artistas pesquisadores Clóvis Domingos, Flávia Fantini, Frederico Caiafa, Idelino Junior, Joyce Malta, Lissandra Guimarães, Matheus Silva, Nina Caetano, Paulo Maffei, Sabrina Batista Andrade e Wagner Alves de Souza, o Obscena funciona como uma rede colaborativa de criação e investigação teórico-prática sobre a cena contemporânea que visa instigar a troca, a provocação e a experimentação artísticas. Também participam dessa rede colaborativa obscênica os artistas Admar Fernandes, Clarissa Alcantara, Erica Vilhena, Leandro Acácio, Nildo Monteiro, Sabrina Biê e Saulo Salomão.

São eixos norteadores do agrupamento independente de pesquisa cênica, o work in process, os procedimentos de ocupação/intervenção em espaços públicos e urbanos e os procedimentos de corpo-instalação, além da investigação de uma ação não representacional a partir do estudo da performatividade e do pensamento obra de artistas como Artur Barrio, Hélio Oiticica e Lygia Clark.

Atualmente, o Obscena desenvolve o projeto Corpos Estranhos: espaços de resistência, que propõe tanto trocas virtuais e experimentação de práticas artísticas junto a outros coletivos de arte, como ainda a investigação teórica e prática de experimentos performativos no corpo da cidade. Os encontros coletivos se dão às quintas-feiras, de 15 às 19 horas, na Gruta! espaço cultural gerido pelo coletivo Casa de Passagem.

A criação deste espaço virtual possibilita divulgar a produção teórico-prática dos artistas pesquisadores, assim como fomentar discussões sobre a criação teatral contemporânea e a expansão da rede colaborativa obscênica por meio de trocas com outros artistas, órgãos e movimentos sociais de interesse.

segunda-feira, dezembro 12, 2016

Irmãos Lambe-lambe na Ocupação Estudantil do CEFET

No sábado dia 10 eu e Leandro realizamos mais uma vez a ação Irmãos Lambe-Lambe agora na Ocupação do CEFET. Foi uma manhã deliciosa com muitas conversas, trocas de ideias e criação de redes de afeto e luta. Mais uma vez vivenciei a força da juventude, seus corpos festivos e políticos, sua consciência social e desejo de uma escola e vida alternativas.

O que se presencia é diálogo, horizontalidade, divisão de tarefas, cuidado, cada um à seu jeito mantendo o espaço o mais agradável possível e resistindo a seu modo!

Eles gostaram de utilizar nosso quadro "PROCURO-ME", mas também sugeriram imagens em locais outros como rampas, corredores, pátios etc. É o ambiente escolar de fato subvertido em lugares de convívio, cultura e rodas de conversa!

As ocupações estudantis oferecem ALTERNATIVAS DE VIDA, o que é diferente de demanda de Poder! Vida, luta, cotidiano coexistem e a insurgência é coletiva com corpos se rebelando contra uma escola triste, mecanizada e sem vida!

É contra o capitalismo que hoje essas ocupações lutam contra, ou melhor, criam espaços outros, HETEROTOPIAS mesmo, inauguram espaços comunitários e tentam praticar uma vida mais coletivizada seja no diálogo, lidando com um individualismo presente em cada um de nós sempre, mas que vai sendo desconstruído aos poucos, um poder que vai se enfraquecendo.....



Impossível não pensar em redes de criação e colaboração, como acredito e alimento no agrupamento obscena, essa possibilidade de trocas, contaminações, essas micropolíticas.... somos multidão! Há uma novo tempo surgindo aí, mesmo que tudo pareça e esteja tão repleto de trevas...

Ainda aconteceu uma oficina de teatro que fiz com os ocupas ontem e assim começaram a construir uma ação artística para a manifestação amanhã na cidade!

Hoje voltei com as imagens reveladas para devolver o trabalho para eles, bom demais ver a alegria, me sentir parte dessa mobilização muito maior, essa semente, essa força!